Thomas Aerts
Para as crianças de 4 anos que não querem fazer nada nem
ajudar devemos usar imagens pois estas, atuam no etérico delas. Por exemplo
para arrumar as cadeiras dizemos; por favor, você pode levar esse carro para
sua garagem? Quando sabemos a profissão dos pais usamos imagens que tem a ver
com eles e a criança percebe e quer
fazer como os pais. Por exemplo, tive uma criança filha de pedreiro e eu dizia
ao pedir para guardar os brinquedos: você pode levar esse saco de cimento para
a obra, por favor? Você pode levar esse bebê para o Hospital, caso o pai fosse
médico.
Professor homem, jardineiro, gasta muito mais etérico que a
mulher porque não tem tanto quanto ela. Por isso necessita quando sai e quando
chega em casa fazer euritmia, música, para repor etérico.
Com 5 anos as imagens no jardim já não funcionam tanto.
O cérebro dos meninos são diferentes dos das meninas. Coloco
uma cadeira de pernas para cima, enfio nela uns cabos de vassoura, coloco neles
uma corda e deixo no meio da sala. Os meninos quando chegam e vêem aquilo logo
inventam o que fazer.
Tenho panos de 8 metros dobrados no meu armário e quando eles
não sabem o que fazer os convido a pegarem os panos longos e aí eles se animam
para brincar.
Usamos nosso corpo físico e etérico no trabalho com crianças,
mas não podemos usar nosso corpo astral chantageando ou se aborrecendo diante
das crianças. Do nosso corpo astral podemos usar nossa alegria.
Nosso Eu usamos quando falamos diretamente o que queremos: —
Agora pegue essa cadeira e a coloque no seu lugar. E saímos de perto para fazer
algo com sentido. A criança pode não fazer imediatamente o que foi pedido.
Podemos deixá-la fazer no tempo dela. Se ela não o fizer perguntamos: você vai
guardar a cadeira sozinha ou quer que eu a ajude (sem raiva). E pego na sua mão
ou no seu braço e juntos guardamos a cadeira. A criança precisa perceber que
quem dá as ordens somos nós adultos. Fazemos acordos diários: quem vai apagar a
vela hoje; quem vai me ajudar hoje, quem vai levar tal coisa hoje.
A criança de 6 anos, uma vez pronto o corpo, usa a cabeça mas
ainda são descontrolados seus movimentos. Quer carregar coisas grandes e
pesadas porque suas forças necessitam serem usadas. Querem experimentar tudo o
que acham que são capazes: subir em lugares altos, pular do alto, carregar
troncos, cadeiras, caixotes.
Vive na polaridade: querem ser o rei, o servente, o diabo e o
anjo, até encontrarem seu centro, seu eixo. Portanto, devemos proporcionar
oportunidades para que vivenciem essas experiências.
Quando as crianças de 6 anos atrapalham na roda ou nas outras
atividades é porque querem ser percebidas, querem ser vistas, notadas. Coloco a
criança no meio da roda e digo que ela é o coração do sol. Ela, assim, se sente
o máximo; se sente aquecida pelo calor do coração no meio do sol. Podemos
também deixá-los falar o verso sozinho para se sentirem importantes, com
responsabilidade e nos mostrar aquilo de que são capazes.
Nas festas do jardim pedimos ajuda às crianças maiores que já
vivenciaram essas festas noutros anos. Fazê-los lembrar de como foi no ano passado
e como faremos agora faz com que se sintam importantes e valorizados.
Uma atividade para se fazer com os grandes a fim de que eles
se concentrem por um espaço de tempo é o desenho móvel. Pedimos para que
desenhem numa folha grossa e depois vamos colocando elementos que possam ser
movidos por uma fenda feita com estilete no papel. Não fazemos recortes
detalhados, muito precisos. Se a figura é pequena como um pássaro, o recortamos num círculo. Somente o professor
pode usar o estilete e a tesoura.
Essa atividade começa e acaba no mesmo dia. Os
pequenos podem ter a ajuda dos maiores que por sua vez tem a ajuda do
professor. Desenho móvel é muito melhor do que atividade fina nessa idade
porque trabalha com imagens.
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